Apenas 52% de angolanos têm água potável
Apenas 52 por cento da população angolana tem acesso à água potável, informou, nesta sexta-feira, o Presidente da República, João Lourenço.

Segundo o Chefe de Estado, Angola, com quase 30 milhões de habitantes, tem abundantes recursos hídricos, mas enfrenta uma difícil situação de acesso à água na região Sul, em particular na província do Cunene, em virtude da prolongada seca que se regista na região.

Numa declaração alusiva ao Dia Mundial da Água (22 de Março), João Lourenço informou que está a ser desenvolvido um programa de emergência, que compreende a construção e reactivação de mais de 300 furos artesianos, nos seis municípios da província.

O programa contempla também a distribuição de camiões-cisterna e outros equipamentos capazes de aprovisionar e distribuir água potável nas localidades mais afectadas.

Ainda no quadro do programa de combate aos efeitos da seca, o Chefe de Estado anunciou que o Executivo prepara igualmente um conjunto de obras de aprovisionamento e adução de água, cuja construção deverá ter início proximamente.

As obras constituirão soluções definitivas para garantir água para a população e o gado das regiões do Cunene mais densamente povoadas, explicou o Presidente, que disse, por outro lado, estar a ser feito um esforço no país para concluir importantes projectos de construção de novos sistemas de captação e tratamento de água, no meio rural e urbano.

Para o Chefe de Estado, o facto de apenas 52 por cento da população ter acesso à água potável coloca ao Governo e à sociedade importantes desafios, a fim de se avançar, o mais rapidamente, para a universalização do acesso a esse precioso bem, cumprindo o Objectivo nº6 dos Desafios de Desenvolvimento do Milénio.

Esse compromisso perspectiva “garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento para todos até 2030”.

O Presidente da República comprometeu-se a priorizar os projectos que visam aumentar o acesso e melhorar os serviços de abastecimento de água potável e tratamento de águas residuais, de forma ambiental e economicamente sustentável.

“Embora a 22 de Março comemoremos o dia Mundial da água, também nos outros 364 dias do ano precisamos de adoptar atitudes no nosso dia-a-dia que concorram para a preservação e poupança deste recurso natural”, expressou.

Para isso, declarou, o Executivo, as Organizações Não Governamentais e outras organizações da Sociedade Civil continuarão a trabalhar na educação cívica dos cidadãos para a importância de não depositar lixo nos rios e lagos, economizar água nas actividades quotidianas, denunciar a destruição das condutas de água, chafarizes e outros equipamentos essenciais.

Apelou à mobilização de toda a sociedade, para que a disponibilidade de água e o acesso à mesma sejam, não só uma garantia de vida saudável para a geração presente, mas também uma herança para as gerações futuras. 

Considerou preocupante o facto de apenas cerca de 0,008 por cento do total da água do planeta ser potável (própria para o consumo) e grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) estar a ser contaminada, poluída e degradada pelo homem.

O 22 de Março, dia Mundial da Água, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) aos 22 de Fevereiro de 1992.

Fonte: Angop

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