Em declarações à imprensa, no final do encontro, em Luanda, a presidente da Comissão de Economia e Finanças do parlamento angolano, Ruth Mendes, disse também desconhecer as motivações do Governo para o subsídio em causa.
"Nós não sabemos ainda da parte do Governo as motivações por que fizeram isso e não sabemos até que ponto esta matéria está enquadrada no programa. Vamos também dialogar com o Governo para podermos avaliar", afirmou.
Ruth Mendes referiu que a tomada dessa decisão sem o conhecimento do FMI pode, até certa medida, "ferir a relação" com organização financeira internacional, no âmbito do programa de financiamento ampliado que concedeu a Angola.
"Mas esta é uma questão que podemos ver com o Governo, que deve ter também as suas motivações para o fazer", considerou.
O Governo angolano vai passar a atribuir um subsídio para as despesas com a aquisição de combustíveis utilizados em máquinas como tratores agrícolas, debulhadoras, motocultivadoras, motosserras e embarcações e equipamentos de apoio à pesca.
Em 22 de fevereiro, após uma reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros de Angola, o ministro da Agricultura e Florestas, Marcos Nhunga, anunciou um subsídio estatal de 45% destinado a combustíveis para a produção agrícola.
Fonte: Lusa