Angola oculta informações ao FMI
A inquietação foi apresentada pela missão do FMI durante um encontro que manteve com a Comissão de Economia e Finanças da Assembleia Nacional no âmbito da revisão periódica do programa ampliado que mantém com Angola desde dezembro de 2018, num financiamento de 3,7 mil milhões de dólares, para apoio às reformas económicas em curso no país.

Em declarações à imprensa, no final do encontro, em Luanda, a presidente da Comissão de Economia e Finanças do parlamento angolano, Ruth Mendes, disse também desconhecer as motivações do Governo para o subsídio em causa.

"Nós não sabemos ainda da parte do Governo as motivações por que fizeram isso e não sabemos até que ponto esta matéria está enquadrada no programa. Vamos também dialogar com o Governo para podermos avaliar", afirmou.

Ruth Mendes referiu que a tomada dessa decisão sem o conhecimento do FMI pode, até certa medida, "ferir a relação" com organização financeira internacional, no âmbito do programa de financiamento ampliado que concedeu a Angola.

"Mas esta é uma questão que podemos ver com o Governo, que deve ter também as suas motivações para o fazer", considerou.

O Governo angolano vai passar a atribuir um subsídio para as despesas com a aquisição de combustíveis utilizados em máquinas como tratores agrícolas, debulhadoras, motocultivadoras, motosserras e embarcações e equipamentos de apoio à pesca.

Em 22 de fevereiro, após uma reunião da Comissão Económica do Conselho de Ministros de Angola, o ministro da Agricultura e Florestas, Marcos Nhunga, anunciou um subsídio estatal de 45% destinado a combustíveis para a produção agrícola.

Fonte: Lusa

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