Américo Boavida sem TAC há mais de 2 anos
O aparelho de Tomografia Axial Computorizada (TAC) do Hospital Américo Boavida, em Luanda, está inoperante, há mais de dois anos, situação que está a forçar muitos doentes a realizar o exame em clínicas privadas, cujo preço ronda os 150 mil kwanzas.

A denúncia foi feita ontem, em Luanda, pelo presidente do Sindicato dos Médicos Angolanos, Adriano Manuel, no final de uma marcha que serviu para reivindicar, entre outras situações, o não enquadramento de cerca de quatro mil especialistas, que se encontram fora do Sistema Nacional de Saúde.

O médico ressaltou que muitos doentes, por incapacidade financeira, estão a deixar de realizar o exame, colocando, deste modo, suas vidas em risco.

“Onde é que eles vão encontrar esses valores, se o salário de muitos não passa dos 24 mil kwanzas?”, indagou o sindicalista.

A marcha que partiu às 13h00 do Largo das Escolas, na rua Ho Chi Mim, até a sede da Ordem dos Médicos de Angola, na Avenida Revolução de Outubro, reuniu cerca de 100 médicos, na sua maioria jovens, e serviu para alertar o Executivo sobre as mortes registadas em muitos hospitais do país, por falta de material, bem como do subaproveitamento de equipamentos de ponta.

“Essa realidade que descrevo pode ser observado no hospital do Cuando Cubango e do Moxico”, frisou Adriano Manuel acrescentando que vão continuar a desenvolver actos de protestos até serem ouvidos pelo Executivo, pois em seu entender, “só deste modo será possível melhorar as condições e a qualidade de prestação de serviço nos hospitais públicos”.

De acordo com o sindicalista, registam-se nos hospitais do país um elevado índice de mortalidade, resultante do sistema de saúde primário e secundário precário.

“Precisamos, para inverter este quadro, de médicos, a fim de se diminuir o elevado índice de mortalidade nos nossos hospitais e o fluxo de doentes que se dirigem aos mesmos”, realçou.

Fonte: Jornal de Angola

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