Agora é assim, energia só das 18 às 0 horas
A escuridão tomou conta de vários bairros de Luanda, e os gastos avultados na compra do combustível para os geradores a fim de conservar os frescos, dão cabo do bolso do pacato cidadão.
Fote de CL

O enchimento da albufeira da barragem de Laúca, o maior projecto hidroeléctrico do país, tem provocado enormes dificuldades no fornecimento de energia eléctrica à cidade de Luanda. Em muitos bairros da cidade capital, a título de exemplo os bairros Maria Eugénio Neto (Kilamba Kiaxi) e Caop A, B e C (Viana), a energia faz menos de 7 horas, ou seja, restabelece as 18 e vai as zero (0) hora.

As constantes falhas de energia deixa os cidadãos chateados, uma vez que apesar das falhas pagam a energia juntamente com a taxa do lixo, e não beneficiam-se em pleno da energia. 

‘’A energia está sempre a falhar, mesmo assim pagamos o preço estipulado juntamente com a taxa do lixo, e todos nossos alimentos vão parar ao lixo por falta de conservação. Isso não se faz, a ENDE têm de diminuir o preço da energia, tendo em conta que não beneficiamos completamente da energia’’, defendeu Joel Pinda, morador do bairro Maria Eugénia.

Para os alimentos não estragarem, os cidadãos que têm possibilidade recorrem as fontes de energia alternativa (geradores), mas reclamam com os gastos avultados.

‘’É muito gasto que faço na compra de gasolina, gasto mais de 8 mil kzs por semana só para conservar os alimentos e continuar a fazer o meu negócio, mas atendendo as outras despesas que tenho, como o pagamento da propina do colégio dos meus quatro filhos, comprar água e outras coisas, já não estou aguentar… Pelo menos que a ENDE alivia o nosso sofrimento faz favor’’, pediu Ilda Masseque, viúva e vendedora de cerveja no bairro Caop B.

Atendendo a escuridão, o nível de assaltos em vários pontos de Luanda tem aumentado, e preocupado os cidadãos.

Ao falar à imprensa aquando do enchimento da albufeira de Laúca, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, fez saber que a restrição no fornecimento de energia a vários pontos do país, com destaque para Luanda, será frequente até ao meio deste ano, altura em que entrará em cena a primeira turbina de Laúca.

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