Africanos que tentam imigrar para Europa são maltratados
O Fundo de Emergência Children Internacional da Nações Unidas para a Infância (UNIFEC), apresentou um estudo, no dia 19 de Março, onde denúncia os mal tratos de muitos africanos que tentam cruzar as águas do mediterrâneo que separam a Líbia de Itália.

"Os homens que nos empurraram para dentro do barco disseram-nos para olhar para as estrelas. Estávamos no meio do mar e toda a gente chorava", conta Kamis, de apenas 9 anos.

Ela e a mãe, Aza, decidiram fugir da Nigéria e arriscar a viagem até ao norte de África, para depois tentarem a travessia do mediterrâneo, para ir ao encontro do sonho na Europa. Não chegaram a Itália, porque foram apanhados à deriva no mar e hoje encontram-se num centro de detenção na Líbia. Muitas vezes geridos por milícias, estes locais "são prisões e campos de trabalhos forçados", garante a UNICEF, no seu estudo que intitulou de: "Uma jornada mortal para as crianças".

Estima-se que mais de 4500 pessoas tenham morrido no ano passado ao tentar cruzar o mediterrâneo. No total terão sido cerca 180 mil os migrantes a desembarcar na costa italiana - quase 30 mil eram crianças.

No meio deste sonho de abandonar as guerras no centro de África, muitos são os obstáculos à enfrentar porque os resultados são sempre os inesperados para muitos porque alguns morrem no mar, outros conseguem atravessar e chegar ao outro lado enquanto outros encontram-se presos na Líbia, onde são sujeitos a violência, que a UNICEF chama de inferno.

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